por Ulisses Gama
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, revelou na manhã desta terça-feira (21) através do Twitter que o médico Gilmar Calazans Lima, de 55 anos, usou hidroxicloroquina e azitromicina para tratar do coronavírus e apresentou um mal súbito como efeito colateral da medicação. Ele faleceu no Hospital Regional da Costa do Cacau (HRCC) (leia mais aqui).
"Médico de 55 anos estava usando hidroxicloroquina para COVID-19. Ele era hipertenso e diabético, vinha em tratamento domiciliar há 4 dias, com a combinação hidroxicloroquina e azitromicina, com melhora clínica, já sem febre ou dispneia, quando apresentou um mal súbito", escreveu. "Levado por familiares, deu entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau em parada cardiorrespiratória. Foi submetido a manobras de reanimação por 45 min, permanecendo sem estabilizar o ritmo cardíaco, terminando por evoluir para o óbito", acrescentou.
Vilas-Boas alertou para as comorbidades que o profissional da saúde tinha e orientou que o uso dos remédios deve ser feito com avaliação cardiológica.
"É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma", explicou. Cargiologista, Fábio Vilas-Boas disse crer que o motivo da morte não foi a Covid-19.
"Ele estava melhorando da Covid. Para mim o mecanismo de morte é altamente sugestivo de arritmia por efeito adverso da medicação", indicou.
De acordo com o último boletim da Sesab, Ilhéus tem 79 casos confirmados da doença.
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