A promotora do Ministério Público (MP), Carmem Eliza Bastos de Carvalho, pediu para deixar a investigação das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O pedido veio após a repercussão de fotos, em suas redes sociais, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que colocaram em chque sua imparcialidade. Além disso, a promotora tinha uma foto ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que quebrou uma placa com o nome de Marielle.
Em carta aberta, Carmem Eliza disse que, em 25 anos de carreira, “jamais atuou sob qualquer influência política ou ideológica” e que a repercussão das suas publicações nas redes sociais alcançaram seu ambiente “familiar e de trabalho”.
“Nessa perspectiva, em razão das lamentáveis tentativas de macular minha atuação séria e imparcial, em verdadeira ofensiva de inspiração subalterna e flagrantemente ideológica, cujos reflexos negativos alcançam o meu ambiente familiar e de trabalho, optei, voluntariamente, por não mais atuar no Caso Marielle e Anderson”.
Carmem estava na coletiva do MP na quarta-feira (30/11), quando foi revelado que era falso o depoimento do porteiro que relacionou o presidente Bolsonaro à morte da vereadora. O porteiro tinha dito à polícia que, no dia 14 de março de 2018, alguém com a “voz do Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra. Bolsonaro e Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos que mataram Marielle e Anderson, são vizinhos. Segundo o MP, o funcionário falou com Lessa e foi ele quem autorizou a entrada. G1
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