Vários peixes apareceram mortos na beira da praia de Enxu Queimado, no município de Pedra Grande, litoral do Rio Grande do Norte, na sexta-feira (1). A Defesa Civil do Estado informou neste sábado (2) ao G1 que acredita que o fato não tem relação com as manchas de óleo que têm surgido no litoral potiguar desde o início de setembro.
Apesar disso, amostras desse caso estão sendo colhidas para serem enviadas ao Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), que vai realizar a análise. O projeto tem feito trabalho de salvamento de animais, além da apuração do impacto das manchas na fauna.
A Defesa Civil do RN informou que está ciente do aparecimento dos peixes mortos em Enxu Queimado, mas explicou que tem realizado vistorias diárias na praia e não constatou o aparecimento de manchas de óleo na região. Dessa forma, não acredita que haja uma relação entre os fatos.
O órgão estadual disse ainda acreditar que os peixes encontrados mortos na praia são excessos do apurado dos pescadores que foram descartados em alto mar porque não havia espaço para armazená-los.
Manchas
Manchas de óleo tem aparecido no litoral do Rio Grande do Norte desde o início do mês de setembro e atingido o Nordeste desde o final de agosto.
Um laudo do instituto de criminalista da PF identificou 107 animais afetados pelo óleo, sendo que 81 morreram em todo o Brasil. *G1 RN
O MPF classificou o impacto do derramamento de óleo como de “proporções imensuráveis”. O desastre ambiental atingiu estuários, manguezais e foz de rios em todo o nordeste brasileiro, com prejuízos para as atividades pesqueira, de maricultura e turística.
Até 31 de outubro, foram registradas manchas de óleo em 97 municípios e 286 localidades, em todos os estados Nordestinos. Foram encontrados mais de 100 animais afetados pelo óleo, com 81 mortes. Cerca de 70% dos animais contabilizados eram tartarugas marinhas. Três a cada 10 praias atingidas tiveram reincidência do óleo.
Nesta sexta-feira (1), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Lachmann Agência Marítima, que seria representante do navio Bouboulina – suspeito de derramar ou vazar o óleo que atingiu o litoral nordestino. Investigadores estimam que 2,5 mil toneladas de petróleo cru foram derramadas no mar. *G1 RN
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