Foto: Arquivo Pessoal
A cúpula do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) se reuniu no fim da noite desta quinta-feira (31) para decidir sobre um possível afastamento da promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho das investigações sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
O MP recebeu diversos questionamentos ao longo do dia sobre o fato da promotora ter feito campanha para Jair Bolsonaro na corrida à Presidência da República. Os pedidos são para afastamento de qualquer investigação que eventualmente envolva Bolsonaro. Segundo a TV Globo, a reunião foi tensa e o afastamento da promotora era dado como certo, mas Carmen Eliza se recusou a deixar o caso. A promotora foi uma das três do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que participaram de uma entrevista coletiva sobre o caso na quarta-feira (30), quando foi dito que o porteiro do condomínio de Bolsonaro mentiu sobre o telefonema para casa 58.
Carmen Eliza também participou da investigação do Caso Amarildo, em julho de 2013. A suspeita é que PMs tenham matado e sumido com o corpo. Em junho de 2015, Carmen Eliza anunciou a abertura de uma nova investigação contra 10 policiais do Bope. Em abril deste ano, ela pediu o arquivamento do processo e a Justiça deferiu. A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais afirmou ao jornal que é temerário o possível arquivamento de uma notícia de fato sem o devido exame pericial oficial e que isso abre espaço para uma guerra de versões e opiniões distante dos fatos.
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