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A dramática situação financeira dos estados não impediu que deputados armassem verdadeiras “bombas fiscais” para os governadores eleitos que vão assumir seus mandatos a partir de 1° de janeiro. Em ao menos cinco unidades da federação, tramitam nos Legislativos locais ou já foram aprovados após o resultado das urnas projetos que, se somados, impactam em 1,1 bilhão de reais por ano os cofres públicos.
Em Minas Gerais, a Assembleia Legislativa aprovou há 13 dias um aumento de salário para os servidores públicos que terá impacto anual de 122,5 milhões de reais. O reajuste já foi sancionado pelo governador em exercício, desembargador Nelson Missias de Morais.
Fernando Pimentel (PT), governador do Estado, está em viagem em caráter pessoal ao exterior. O vice, Antônio Andrade (MDB), e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB), substitutos diretos de Pimentel, também estão em viagem. No mês passado, já havia sido aprovada a transferência para o governo de uma dívida de 100,7 milhões de reais de fundações associadas à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
O deputado estadual André Quintão (PT), líder do governo, afirmou que a aprovação dos reajustes representou uma questão legal, de data-base, e só não ocorreu antes por causa do período eleitoral. No Rio Grande do Sul, o governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), tenta convencer chefes dos outros poderes a desistirem da proposta de reajuste salarial de 5,58% dos servidores, em análise na Assembleia. O impacto seria de 132 milhões de reais ao ano. O argumento usado por Leite é a dificuldade do estado em contrair mais um gasto.
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