Segundo especialistas, alto custo se deve ao regime previdenciário da categoria e à grande quantidade de recursos em cada instância
As despesas do Estado brasileiro com o Judiciário são quatro vezes maiores do que em países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com o economista e pesquisador da FGV Samuel Pessôa. “O gasto desses países com Judiciário é de 0,5% do PIB, enquanto no Brasil está em 2%”, disse o especialista, ao jornal O Estado de S. Paulo. Os gastos não consideram apenas salários e benefícios, mas também custos para manutenção de estruturas e funcionamento.
Segundo ele, o alto custo se deve ao regime previdenciário da categoria, com salários altos e aposentadorias integrais, e à grande quantidade de recursos em cada instância judicial, o que demanda funcionários. “Além da Justiça em primeira instância, há três instâncias recursais: Tribunal Regional Federal (TRF), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal”, analisa Pessôa. Outro fator decisivo seria a força de pressão do Judiciário.
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