Por Gabriela Coelho
Apontado em relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) como tendo movimentado em um ano R$ 1,3 milhão, valor considerado incompatível com sua renda, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), afirma que é apenas “um cara de negócios”.
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Queiroz foi convocado pela Justiça para prestar depoimento duas vezes, mas não compareceu.
Na entrevista ao SBT, a primeira após a divulgação das movimentações financeiras atípicas, ele disse que tem uma renda mensal de R$ 23 mil. “Ganhava R$ 10 mil no gabinete com mais R$ 10 mil da PM. Essas movimentações são negócios antigos e a origem deste dinheiro só vai ser detalhada ao MP”, afirma o policial militar aposentado.
O advogado de Queiroz, Paulo Klein, diz que as denúncias não fazem sentido. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro também negou que tenha repassado parte do salário ao senador. “Lá não se fala em dinheiro. Toda hora bate alguém no gabinete e é proibido falar. Acho é uma covardia rotular isso ao senador, não sou laranja, sou trabalhador.”
No começo de dezembro, Jair Bolsonaro disse que o depósito do ex-assessor do filho na conta de sua mulher, Michelle, era pagamento de parte de uma dívida de R$ 40 mil com o próprio presidente eleito.
De acordo com ele, Queiroz utilizou a conta da futura primeira-dama para receber o dinheiro "por questão de mobilidade". Bolsonaro também alegou que tem pouco tempo para ir ao banco em razão da rotina de trabalho. Nove assessores e ex-assessores de Flávio Bolsonaro repassaram dinheiro para o motorista.
A revelação abre um flanco de desgaste do presidente eleito no Congresso Nacional antes mesmo de sua posse, uma vez que o episódio tira a força de Flávio Bolsonaro na sua estreia no Senado Federal em 1º de fevereiro, e acarreta implicações diretas nas articulações para a eleição do novo presidente da Casa.
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