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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

IML aponta degola como causa da morte de Daniel e limpeza na cena do crime

por Bruno Abdalla | Folhapress
Foto: Reprodução / SporTV
Os laudos periciais da morte do jogador Daniel Corrêa em 27 de outubro foram apresentados nesta quinta-feira (22), na sede do Instituto Médico Legal de Curitiba. As autoridades chegaram à conclusão de que o jogador foi morto por degola parcial de sua cabeça. Os peritos não puderam esclarecer, no entanto, se Daniel já estava morto quando seu pênis foi cortado.

Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, assumiu a autoria do crime. Juninho e mais seis pessoas estão presas.

"A necropsia foi realizada pela médica legista Regina Gomes. Foi constatado que de fato a causa mortis foi a degola parcial. Chegou a haver a exposição da coluna cervical", explicou o diretor do IML, Paulino Pastre. O perito disse que não é possível confirmar qual corte foi feito primeiro, se o do pescoço ou o da região genital.

"Havia na região amputada coágulos e são evidências de que esta lesão ocorreu muito proximamente ao momento da degola, mas não há possibilidade de precisar quanto tempo. Não há possibilidade de se precisar qual lesão ocorreu primeiro, mas é possível que tenha ocorrido muito próximo. Não há como precisar se ele estava vivo quando emascularam o órgão, mas a causa da morte foi a degola", afirmou Paulino Pastre.

Daniel foi morto após uma sessão de espancamento na casa dos Brittes. Seu corpo foi encontrado com sinais de tortura horas depois.

Durante a entrevista coletiva, o diretor do IML chegou a dizer que o pênis de Daniel havia sido arrancado depois do corte de seu pescoço. Posteriormente, Paulino Pastre voltou atrás e afirmou que não seria possível precisar com certeza a ordem cronológica das lesões.

"Possivelmente ele não estava vivo no momento que o órgão foi cortado. Pelos dados que temos, possivelmente a degola aconteceu anteriormente. A região tinha pouco sangue e coágulo e não aparentava a semelhança da anteriormente a degola", afirmou.

Apesar de a polícia não ter encontrado a faca usada no crime, que Juninho diz ter jogado em um rio da região, os peritos disseram que ela era "extremamente afiada". ""Foi um instrumento extremamente afiado, por isso foi classificado como extremamente cortante. As lesões não possuem nem uma rugosidade, nem uma irregularidade. Foi um instrumento altamente afiado, o mesmo da degola", disse Paulino.

LIMPEZA DA CENA
Foram três perícias no local onde o corpo do jogador foi encontrado, uma plantação de pinheiros na estrada do Mergulhão, em São José dos Pinhais (PR). Os peritos também examinaram a casa dos Brittes, onde a família realizava uma festa de aniversário à filha Allana, além de um exame no carro Veloster no qual o jogador foi levado. Leia tudo em https://www.bahianoticias.com.br/folha

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