Maria Inês Fini lamenta que "algumas leituras tenham sido equivocadas"
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela realização do Enem, Maria Inês Fini respondeu às insinuações de que o exame tem caráter “doutrinatório”. “Não é o Governo que manda na prova”, certificou a educadora, em entrevista ao jornal El País.
Segundo Inês, o Inep, por ser uma autarquia governamental, é “alinhadíssimo com o Ministério da Educação”, mas tem a ele reservada autonomia para elaborar as questões da prova sem intervenção direta do Governo. “O Inep tem uma diretoria específica de técnicos consagrados que com a ajuda de uma série de educadores e professores universitários de todas as regiões do país elaboram a prova”, explica.
Após o primeiro dia de prova, no último domingo (4), o presidente eleito Jair Bolsonaro fez críticas ao exame. Motivado por uma questão sobre linguagem LGBT, ele disse, em seu Twitter, que a prova “não funciona” e afirmou que “não devemos fabricar militantes”. No Facebook, afirmou que o seu governo vai “tomar conhecimento da prova antes”. “Pode ter certeza que não vai ter uma questão daquela no ano que vem”, completou.
Maria Inês, que foi cotada para ser ministra da educação no governo Bolsonaro, diz lamentar que “algumas leituras tenham sido equivocadas”. “Mas cada pessoa faz uma interpretação do texto da maneira como quer, não é? Com a sua cultura, com seus valores e com as suas ideologias”, completa.
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