por Letícia Casado | Folhapress
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) e seu irmão Lúcio Vieira Lima (MDB) ficaram em silêncio durante depoimento na tarde desta quarta-feira (31) em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e investiga a associação dos irmãos aos crimes de lavagem de dinheiro no episódio do "bunker" que escondia R$ 51 milhões em Salvador.
Para o procurador Hebert Reis Mesquita, que acompanhou a audiência, a iniciativa visa atrasar o processo, que tramita no Supremo por causa do foro privilegiado de Lúcio como deputado federal. Como ele não foi reeleito, quando deixar o cargo o processo será remetido para a primeira instância.
Segundo o procurador, a defesa dos políticos tem feito pedidos, como uma perícia, que atrasam a conclusão do caso. "Eles estão trabalhando muito para atrasar o processo", disse Mesquita a jornalistas depois da audiência.
"Estão dizendo 'olha, meu cliente não pode ser interrogado porque não saiu o resultado da perícia'. Como se uma coisa tivesse a ver com outra. Não tem qualquer relação de prejudicialidade. Então, nós pediríamos, mas isso já foi feito pelo juiz instrutor, que é tocar o processo. Vai ficar calado? Beleza, opção sua. O ato vai ser feito e vida que segue", afirmou.
"Ficaram calados, dizendo que não poderiam falar", acrescentou. Geddel não quis falar com a imprensa depois da audiência. Ele está preso na Papuda, em Brasília, desde setembro de 2017. A defesa dos Viera Lima não se manifestou.
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