Por Robson Pires
Classificado por Jair Bolsonaro como uma caixa-preta, o BNDES espera receber antes da posse do presidente eleito os resultados da mais ampla investigação já conduzida sobre os negócios feitos pela instituição nos governos petistas. Coordenado por advogados americanos e brasileiros contratados pelo banco, o trabalho examina há um ano os investimentos feitos na gigante de alimentos JBS. Nenhum indício de irregularidade foi apontado até agora pela auditoria.
A investigação interna teve acesso a mais dados do que a Polícia Federal e o Ministério Público, que apuraram o mesmo assunto. Mais de 200 mil documentos e emails foram analisados, e dezenas de funcionários, ouvidos.
Ao concluir seu inquérito em agosto, a PF propôs o indiciamento do ex-presidente do banco Luciano Coutinho e do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, acusado de corrupção pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS. O Ministério Público ainda não se manifestou. O banco se prepara para contratar em breve investigação semelhante para examinar projetos da Odebrecht na África e na América Latina, que também foram financiados pela instituição e se tornaram alvo de suspeitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário