Foto: Pedro Angelo / G1
A briga que provocou a morte do adolescente Luiz Felipe Siqueira de Sousa, de 17 anos, foi motivada por um drible durante o futebol no recreio da escola. A agressão ocorreu no Instituto Educação, escola da rede estadual de Belo Horizonte, na última quarta-feira (14).
"Foi por causa de um drible, uma embaixadinha que ele fez que começaram os empurrões e acabou com o desfecho dessa tragédia", contou a tia da vítima, Valdênia Evangelista. Segundo informações do G1 MG, ela cuidava do sobrinho desde quando ele tinha três anos.
Foto: Reprodução / TV Globo
Após a confirmação da morte de Luiz Felipe, na manhã desta terça (20), ela declarou à imprensa que perdoou Hudson Rangel Gomes Rosa, jovem de 18 anos suspeito de agredir seu sobrinho. "Ele está perdoado, na hora que entrei na escola, já falei com o próprio policial: 'não precisa disso'. Para mim, foi um acidente, uma fraqueza", defende.
Já o tio de Luiz Felipe, Walter Evangelista, disse que chegou a tentar uma vaga para o garoto em outra escola, mas foi destratado. Na visão dele, o que aconteceu não foi uma mera agressão, mas sim um assassinato.
"Não tenho sentimento nenhum com o rapaz que agrediu ele, tenho sentimento com o pai e com a mãe dele que devem estar sofrendo também... pelas falhas na educação que deveriam ter dado pra ele. Pela omissão da secretaria [de Educação] quando a diretora fez os boletins de mau comportamento e ela, de pés e mãos atadas, não pôde fazer nada. Agora é se apegar com Deus para que a justiça seja feita, porque isso não foi um caso de agressão, isso foi um homicídio na escola".
De acordo com a publicação, a diretora do Instituto de Educação reconheceu que Hudson tem um histórico de comportamento agressivo. Um registro da escola indica que essa agressividade se estendia até mesmos às professoras. "Foram várias, muitas. Mais de 30. Agressões, comportamentos indesejados com colegas, falas, matando aula dentro de escola, né, e a gente buscando", afirmou a diretora Alexandra Aparecida Morais.
Agredido com socos e pontapés, Luiz Felipe faleceu mais cedo no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital mineira. À publicação, testemunhas relataram que foi agredido de costas com um chute na cabeça. Imagens também mostram que ele foi jogado da escada, batendo a cabeça em uma mureta.
Já Hudson, detido desde o dia da agressão, teve sua prisão convertida em preventiva.
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