Tão surpreendente quanto a prisão dos melhores amigos de Michel Temer, na quinta-feira, foi o pedido da PGR Raquel Dodge para soltá-los, neste sábado à tarde. A depender do ministro Luís Roberto Barroso, é possível que o advogado José Yunes, o coronel João Batista Lima e o ex-ministro Wagner Rossi – ou ao menos dois desses três, entre outros – comam seus ovos de Páscoa em casa.
Seguindo-se ao endurecimento do discurso do Planalto, que politizou a questão e apontou excessos e abusos, a pergunta que não quer calar em Brasília agora é: Raquel amarelou?
Tudo indica que não, e que o fato de pedir a soltura desses acusados não quer dizer que não se achou grande coisa contra eles e contra Temer na operação Skala. Pode ser até o contrário. A justificativa de Dodge é de que o objetivo das prisões já foi cumprido – ou seja, eles deram depoimentos para instruir o processo e foram encontrados documentos importantes em suas casas e escritórios.
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