37 novos empregadores estão na "lista suja" do trabalho escravo
Piero Locatelli**Da Repórter Brasil
Migrantes bolivianos costuravam mais de 14 horas por dia e recebiam, em média, R$ 0,34 centavos por hora trabalhada em oficina terceirizada da Mektrefe
Lanchonetes e pastelarias de chineses, uma empresa que vendia batata frita no Rock in Rio e construtoras do programa Minha Casa, Minha Vida estão entre os 37 novos empregadores da "lista suja" do trabalho escravo.
O cadastro foi divulgado nesta terça-feira (10) pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), do Ministério do Trabalho.
Todos os nomes que constam na lista foram autuados por trabalho análogo ao de escravo por auditores fiscais e tiveram o direito de recorrer em duas instâncias administrativas dentro do órgão.
No total, a lista traz o nome de 165 empregadores, entre empresas e pessoas físicas, responsáveis por manter 2.264 trabalhadores em situação análoga à escrava.
Desse total, 128 nomes já estavam no cadastro. Entre as empresas que permanecem na lista, estão gigantes do agronegócio como a Sucocítrico Cutrale.
A lista completa está no site do Ministério do Trabalho e pode ser consultada no linkhttp://download.uol.com.br/noticias/lista-suja-do-trabalho-escravo.pdf.
A lista traz, pela primeira vez, nove pastelarias e lanchonetes cariocas onde trabalhadores chineses estavam em condições que aviltavam a dignidade humana. O setor, que é historicamente pouco fiscalizado, ganhou a atenção das autuações do ministério em 2015 e representa um quarto dos novos nomes da "lista suja". Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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