Uma terapia experimental, realizada pela Universidade Northwestern, em Chicago, pode melhorar o quadro clínico de pessoas com esclerose múltipla. A doença neurológica crônica debilita o organismo da pessoa e exige medicamos por toda a vida, por ainda não ter cura. Um dos estudos, liderado pelo cientista Richard Burt, apresenta dados promissores. Com o tratamento, com transplantes de células, apenas três pessoas de um grupo de 52 pacientes demonstraram alguma piora na saúde. Os detalhes da pesquisa ainda não podem ser divulgados. O tratamento visa regenerar os neurônios e fazer com que o sistema imunológico pare de atacar o cérebro da pessoa. Somente em 2015, mais de 2,3 milhões de pessoas eram afetadas pela doença. Só no Brasil, era 35 mil casos. Os dados são da Atlas da Esclerose Múltipla, divulgado em 2015 pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla. O tratamento desenvolvido por Burt visa acabar com o ataque ao sistema imunológico com a destruição e reconstrução dos agentes causadores da esclerose. A terapia começa com a coleta de células-tronco hematopoiéticas, que são capazes de se diferenciar em todas as células do sangue, incluindo as de defesa do organismo. Logo após, medicamentos quimioterápicos são ministrados para a remoção total do sistema imunológico da pessoa, cessando a inflamação no cérebro. Então, as células-tronco hematopoiéticas coletadas são reinjetadas no paciente, para que elas reconstruam o sistema imunológico. Segundo o cientista, ao parar a inflamação, o novo sistema imunológico pode ser reconstruído, em um ambiente tolerável a inflamação, com isso, as células de defesa param de atacar o cérebro. Os pacientes foram recrutados em hospitais públicos dos Estados Unidos, da Inglaterra, Suécia e em São Paulo. O estudo aguarda revisão para ser publicado em periódicos científicos. A pesquisa indica que, após o procedimento, nenhum paciente apresentou sinais de intoxicação ou morreu.
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