O novo presídio federal de Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda, terá alas separadas por facção, para dificultar que os presos entrem em conflito com grupos rivais durante o banho de sol. Também há esquema para situações críticas, que inclui uma sala-cofre com equipamentos, armas e saídas de emergência para os funcionários da segurança. A Penitenciária Federal de Brasília está pronta, após cinco anos de construção, e aguarda liberaçaõ de alvarás para funcionar. Esta será a primeira unidade com uma ala para detentos extraditados. O presidente Michel Temer pretende inaugurar o quinto presídio do complexo em 2018. O custo divulgado pelo Ministério da Justiça para construção da penitenciária é R$ 40 milhões, numa área de 12,3 mil metros quadrados e 250 câmeras de monitoramento. De acordo com a Folha, a unidade terá capacidade para receber 208 presos em celas individuais com banheiro, cama e mesa de concreto armado (que não desmonta e resiste ao fogo). Entre os presos que ocuparão as celas estão Fernandinho Beira-Mar e Rogério 157, do Rio de Janeiro. Outra característica é a água para o banho, que só pode durar cinco minutos e cai por uma espécie de cano no teto, em horário determinado pelos agentes e ao mesmo tempo para todos os presos de uma ala, que contêm 13 celas. Estas, inclusive, não dispõe de tomada para TV ou rádio, proibidos no local. Apenas livros são liberados. A iluminação natural passa pela janela com grade de concreto vazado e a luz artificial é controlada pela administração do presídio. Outra norma é que, pra sair da cela, o preso deve ficar nu para passar por revista. Em seguida, ele veste a roupa e é algemado. Depois que a ala inteira é algemada, os detentos são liberados para banho de sol de duas horas. Os detentos também não podem fumar e a entrada de visitantes com isqueiros não é permitida. Cada unidade possui oito celas para regime disciplinar diferenciado, a solitária, com aproximadamente 12 metros quadrados e um pequeno espaço para o preso tomar sol. De acordo com a Folha de S.Paulo, o presídio terá mais funcionários do que detentos: de 200 a 250 agentes, que estarão sem arma letal na parte das celas. Visitantes passarão por três níveis de revista, incluindo um scanner corporal. Conversas entre presos e advogados serão monitoradas.
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