por André Ítalo Rocha | Estadão Conteúdo**Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Responsável pela articulação política do governo para conseguir apoio da Câmara dos Deputados à reforma da Previdência, o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, descartou neste domingo (21) a possibilidade de um novo adiamento da votação da proposta, atualmente prevista para começar no dia 19 de fevereiro. "Não existe essa hipótese", disse Marun, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Com a declaração, Marun indica que o governo vai para o "tudo ou nada" na tentativa de aprovar o projeto. Ou seja, se não houver os 308 votos necessários a favor das mudanças na Previdência até o dia 19 de fevereiro, é improvável que novos esforços sejam empreendidos pelo presidente Michel Temer (PMDB) para que a reforma passe em 2018. Marun se esquivou de pergunta sobre qual é o tamanho do atual apoio dos parlamentares à proposta, dizendo apenas que uma nova contagem será feita entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. O presidente da Câmara, Rodrigo (DEM-RJ), tem sido cauteloso em suas declarações. Nesta semana, em Washington, nos Estados Unidos, ele chegou a dizer que a chance de aprovação é encarada "sem nenhum tipo de otimismo". O ministro, que está em São Paulo, participou nesta manhã de um culto da Igreja Mundial do Poder de Deus, a convite do pastor Valdemiro Santiago, evento que não estava em sua agenda oficial. Marun disse que falou a mais de 40 mil pessoas sobre a importância de aprovação da reforma da Previdência. "Hoje tive a prova de que as pessoas estão cada vez mais convencidas da necessidade de reformarmos a Previdência". Ele retorna a Brasília na tarde deste domingo e se reúne ainda hoje com o presidente Michel Temer. Amanhã o ministro tem outro encontro com Rodrigo Maia, para discutir a reforma.
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