Funaro emitia notas fiscais "para as empresas que pagariam a propina"
Um relatório técnico da Polícia Federal (PF), a respeito do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em Brasília após a descoberta de R$ 51 milhões em dinheiro em endereço a ele relacionado, na cidade de Salvador, a polícia também identificou registros de pagamentos de Funaro. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha.
Segundo a PF, os repasses somaram "mais de R$ 17 milhões" de 2012 a 2015. "Não é possível afirmar se tais repasses esgotam todos os eventos ocorridos. Observa-se que o repasse no ano de 2014 representou a maioria dos valores, ano que Geddel foi candidato a senador [pela Bahia]", diz o relatório.
Funaro emitia notas fiscais "para as empresas que pagariam a propina". Para dar liquidez aos valores, diz a PF, "Funaro recorria a doleiros, os quais, por sua vez, emitiam notas fiscais para as empresas do colaborador. Ao pagar as notas emitidas pelos doleiros, estes ficavam com o percentual e repassavam o dinheiro em espécie a Funaro, o qual efetuava as entregas de dinheiro vivo a pessoas como Geddel".
De acordo com a reportagem, o esquema era igual ao empregado no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
A publicação detalha que outro relatório da PF aponta eu que o corretor de valores e delator Lúcio Funaro, preso em Brasília, pagou ao peemdebista R$ 56,9 milhões mesmo depois de a Lava Jato ter sido deflagrada, em março de 2014. Bocão News
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