Foto: Antonio Augusto / Secom PGR
A definição sobre o futuro do acordo de delação premiada da JBS poderá ficar sob responsabilidade da procuradora-geral da República substituta, Raquel Dodge. Isso porque até esta sexta-feira (15), o atual procurador-geral, Rodrigo Janot, terá que tentar reverter um ambiente negativo criado com a gravação que aponta atuação do ex-procurador Marcello Miller a favor da JBS. Janot é pressionado a decidir pelo cancelamento do acordo de Joesley Batista e Ricardo Saud ou a levar em consideração as provas apresentadas e apenas rever os termos do acordo, como uso de tornozeleira eletrônica, período de prisão domiciliar ou em regime fechado. Esta última possibilidade levaria tempo e não seria apresentada ao Supremo nem discutida por Janot, mas por Dodge - que assume em 18 de setembro. De acordo com a Folha, a nova chefe do Ministério Público sempre se posicionou contrariamente à imunidade concedida aos delatores. A expectativa é que ela adote uma postura rigorosa e esteja pouco disposta a renegociar, em nome da instituição, com o grupo da JBS. Em sua última semana na PGR, Janot deve apresentar até esta quarta-feira (13) denúncias contra o presidente Michel Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa - em separado, uma para cada crime. BN
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