por Rebeca Menezes--Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O deputado estadual Marcelo Nilo (PSL) negou, durante sessão desta quarta-feira (13) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), as acusações feitas no processo que gerou a operação Opinião, da Polícia Federal, deflagrada nesta manhã (entenda aqui). O ex-presidente da AL-BA é suspeito de controlar a empresa Bahia Pesquisa e Estatística LTDA (Babesp), que realiza pesquisas eleitorais – haveria evidências de que a companhia foi utilizada para receber recursos de Caixa 2. Em pronunciamento feito no início da sessão desta tarde, Nilo disse que a ação surgiu na campanha de 2014, quando o então candidato ao governo Paulo Souto denunciou que o deputado seria o real dono do instituto e manipulava os resultados. “Manipulava? Se a Babesp acertou? Os sócios são meus amigos, conhecidos a muitos e muitos anos. E esse processo, inicialmente foi arquivado pela Justiça, depois abriram um processo criminal”, questionou. “É inacreditável que nós parlamentares passemos por situações vexatórias, constrangedoras. Nada na vida vai reparar o que eu passei hoje. Porque pra mim... perdi meu pai, perdi minha mãe, perdi meu irmão, mas hoje é o dia mais difícil da minha vida. É um dia que marcou um homem de 62 anos de idade”, lamentou. Nilo ainda criticou o fato da equipe de reportagem da TV Bahia estar em frente à sua casa antes que ele soubesse que haveria a operação. “Não quero acusar A ou B, só quero que cada parlamentar analise o porquê dessa ação policial”. O ex-presidente da AL-BA disse que ele chegou a solicitar uma audiência com a Justiça Federal, mas o juiz só marcou o encontro para o próximo dia 20, quando ele imaginou que o processo continuaria. “Repito em alto e bom som: a Babesp não é do deputado Marcelo Nilo. Não sou proprietário, eu sou cliente, como muitos deputados foram clientes, porque o instituto começou a acertar mais do que institutos famosos, e consequentemente começou a consolidar a demanda. O deputado disse que vai continuar com a “cabeça erguida”, mas que a situação o deixou “marcado”: “Nunca imaginei chegar onde cheguei, nunca imaginei sentar nessa cadeira de presidente, na cadeira de governador do estado, ser o deputado mais bem votado da Bahia, e passo pelo constrangimento de ver minha residência às 6h com delegados e policiais pra fazer busca e apreensão. Eles foram muito educados, muito gentis, mas deixaram marca profunda no meu coração”. Após o discurso, vários deputados pediram a palavra para apoiar Nilo.
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