Os agentes da corrupção mais importantes do Brasil não são os políticos, mas os intelectuais, aí incluídos os jornalistas, além de professores e historiadores e da classe artística.
Se Flávio Gordon tiver razão, seu livro “A corrupção da inteligência – Intelectuais e poder no Brasil” (Record, 364 pgs R$ 44,90) não terá grande repercussão na mídia, já que, como ele escreve, as redações estão dominadas faz tempo por profissionais ligados ao campo de esquerda que ele critica. Os agentes da corrupção mais nociva ao Brasil, afirma, não são os políticos nem os empresários, mas os intelectuais, aí incluídos os jornalistas, além de professores e historiadores e da classe artística. Segundo o autor, esse fenômeno da devastação da inteligência brasileira não é percebido pela intelectualidade acadêmica e midiática pela simples razão de que essa mesma intelectualidade é a sua protagonista.
“Eles são, ao mesmo tempo, os corruptos, os corruptores e, paradoxalmente, as primeiras vítimas do fenômeno”, escreve Gordon. Diferentemente da corrupção protagonizada por políticos, envolvendo a roubalheira de bilhões de reais em recursos públicos em periódicos Mensalões e Petrolões, a corrupção praticada pelos intelectuais “não é criminalizável, porque não diz respeito a algo que os atores simplesmente fazem, mas a algo que eles vieram a se tornar, algo que eles são e, em grande parte dos casos, não conseguem deixar de ser. Trata-se de uma corrupção que envolve o intelecto e a personalidade – uma corrupção da inteligência”.
Na entrevista a seguir ao G1, Gordon esclarece alguns pontos de seu livro. CLIQUE AQUI para ler tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário