Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, negou, em entrevista publicada neste domingo (6) no jornal Folha de S. Paulo, que almejasse à Presidência da República – que poderia ocupar, em caso de eventual afastamento de Michel Temer. “Pretendo ser deputado. Sou candidato à reeleição”, disse, argumentando que a corrida presidencial requer apoio popular. “Eleição presidencial não se constrói da noite para o dia nem eu tenho a projeção necessária, o apoio popular necessário para estar pensando nisso neste momento. Não é a presidência da Câmara que gera as condições para você ser candidato nem a governador nem a presidente da República”, avaliou. “Acho que não tenho votos majoritários no Rio e muito menos a nível nacional para ter a pretensão de me colocar candidato a presidente”. Alvo de especulações na última semana, por presidir a sessão de votação da denúncia apresentada contra o presidente, Maia disse que não trabalhou para dificultar a vida do peemedebista. "Não cabia à minha pessoa fazer nenhum movimento que me beneficiasse pessoalmente. Isso mancharia minha biografia", afirmou. O democrata evitou comentar também as chances de Temer obter o mesmo resultado positivo em relação à segunda denúncia. “Ele venceu a primeira denúncia. Não posso falar de hipótese que não conheço”. Quanto à apreciação da reforma da Previdência, Maia aponta a necessidade de reconstrução da base – são necessários 308 votos para o texto ser aprovado. “Agora que vai ser mais delicado. O governo vai ter de esquecer o passado recente e construir uma base incluindo aqueles que votaram contra o presidente. Tem que ter muita tranquilidade, conversa”. Para o parlamentar, o PSDB deve apoiar o governo, por ter a mesma agenda de reformas. “Se estiver em cima da agenda de reformas, que também é a agenda do PSDB, tenho certeza de que o governo tem condição de reconstruir a maioria do PSDB apoiando as matérias do governo”. BN
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