Os executivos da J&F temem que a delação do doleito Lúcio Funaro comprometa o acordo firmado pela empresa com o Ministério Público Federal. Isso porque o aliado de Eduardo Cunha pode se lembrar de algo que tenha passado despercebido pelos empresários. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha, os executivos passaram os últimos dias fazendo uma espécie de pente-fino em todos os documentos que têm sobre o relacionamento que mantiveram com o doleiro. Um dos documentos que a J&F deverá entregar ao MPF é o recibo de R$ 600 mil, referente à parcela do "mensalinho" que a empresa diz ter pago a Funaro. O montante era justificado por serviços de consultoria. A preocupação dos executivos tem fundamento. Depois de fazer acordo de colaboração, um delator não pode alegar lapsos de memória para explicar possíveis omissões nas informações que deu às autoridades. Em casos como esse, há risco de todo o acordo ser desfeito. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário