A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (2), uma operação para desarticular uma organização criminosa que faz o contrabando de equipamentos de diagnóstico médico por meio da ACI (Aduana de Controle Integrado). Apenas em tributos diretos, estima-se que a sonegação pode chegar a R$ 20 milhões.
A Operação Equipos, como foi denominada, cumpre mandados judiciais em 18 Estados da Federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Sergipe). Na Bahia a PF se deslocou ao município de Cruz das Almas para averiguar a legitimidade de documentos dos equipamentos adiquiridos por clínicas do município.
No total, são cumpridos 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva em 44 municípios, expedidos pela Justiça Federal de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, além de um interrogatório em Fort Myers, na Flórida, nos Estados Unidos, com o apoio de autoridades americanas, em ação de cooperação internacional.
São investigados empresários e pessoas jurídicas do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo. Também é apontado como integrante do grupo criminoso um servidor da Receita Federal com lotação em Dionísio Cerqueira, que teria recebido valores ilícitos em troca de facilitação da ação da quadrilha.
Segundo a Polícia Federal, a investigação começou a partir de apreensão de carga de equipamentos médicos em outubro de 2013, na ACI de Dionísio Cerqueira. Na ocasião, foram apreendidos tomógrafos, mamógrafos, dentre outros equipamentos de alto valor comercial, em uma carga avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões, sendo R$ 2 milhões os tributos sonegados. Na documentação constava descrição genérica da mercadoria e valor declarado de US$ 180 mil (apenas 10% do valor real). G1
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