Piero Locatelli**Da Repórter Brasil**Reprodução
Trabalhando como babá e empregada doméstica em casa dentro de um condomínio de alta renda em São Paulo, filipina sentia fome e chegou a se alimentar da comida do cachorro, para quem ela cozinhava pedaços de carne.
"Às vezes eu perguntava à minha patroa se podia pegar um ovo, e ela dizia que não", afirma a imigrante, uma das três que estavam em situação análoga ao trabalho escravo em casas na região metropolitana de São Paulo, segundo auditores fiscais do Ministério do Trabalho.
Elas chegavam a trabalhar 16 horas por dia, em jornadas que ocupavam todo o período em que estavam acordadas.
Em entrevista à Repórter Brasil, sob a condição de anonimato, as filipinas disseram que foram parar no hospital após vomitarem e sentirem tontura devido à falta de alimentação adequada e ao trabalho ininterrupto.
"Nos primeiros seis meses eu trabalhei sem nenhum dia de folga", diz uma delas. Seu dia "normal" de trabalho começava às 6h e terminava às 22h. "E, se os patrões tivessem visitas, me pediam mais uma hora", conta a trabalhadora. Ela diz nunca ter sido paga pelas horas extras. CONTINUE LENDO
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