Erra quem pensa que é a oposição que não vê a hora de descobrir as novas denúncias que Janot apresentará contra Temer a fim de autorizar uma investigação por corrupção. Bobagem. São os aliados os mais ansiosos. E a razão é óbvia: quanto mais grave for a denúncia maior será a propina, o preço do voto para mantê-lo no cargo. É assim no mercado da corrupção.
Se na primeira investida de Rodrigo Janot, Temer abriu o cofre e aumentou ainda mais o rombo das contas do país, empurrando para o futuro incerto o pagamento da conta, é certo que o que virá delações de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro - o ex-dirigente da Caixa que tinha o apoio do próprio Cunha e Moreira Franco.
Janot chama de flechas os petardos que agora, e só agora, decidiu usar contra Temer. Nos estertores da sua gestão e após conviver proximamente com todos os seus denunciados de agora - especialmente Temer.
No domingo Temer recebeu em sua casa, o Palácio do Jaburu, o ministro Gilmar Mendes. Gilmar teria ido oferecer orientação à sua defesa para eventuais flechadas de Janot. As autoridades do país, como se vê, perderam a noção do seu ridículo e dos papeis a cumprir.
Curiosamente, Janot sabe que o número de flecha que irá disparar não irá, de maneira alguma, representar maiores riscos contra o ilegítimo. Mas a pergunta que fica é: por que nenhuma palavra sobre a compra de votos na Câmara Federal na sua primeira investida? Há quem garanta que a proteção na última votação custou ao país mais de R$ 15 bi em liberação de emendas parlamentares. E, pelo andar da carruagem, este número deverá dobrar.
Janot deixará a Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 17 de setembro. Até lá o seu papel é de franco atirador. Talvez tenha cansado de acertar o pé. http://www.conexaojornalismo.com.br
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