O ex-presidente Lula foi acusado por ser considerado como chefe da maior quadrilha de corrupção da História do Brasil, mas ele tem um forte concorrente na figura do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Porém, Lula é muito mais inteligente porque ele não recebe diretamente valores das propinas que patrocina. Somente ‘laranjas’ põem a mão na grana e a repassam para o chefe. Já Sérgio Cabral, não. Ele recebia tudo diretamente, sem medo de nada. Agora, com a Operação Ponto Final, Cabral foi identificado como chefe da quadrilha que vinculava o Poder Público com o setor de transportes coletivos. O ex-governador fluminense não é dono de nenhuma empresa de ônibus, mas faturava milhões de reais quando havia reajuste das tarifas cobradas aos passageiros, sempre autorizadas em índices acima dos estabelecidos em contratos. Daí, não faltava dinheiro para a compra de milhões de reais em joias para sua mulher;
A força-tarefa da Operação Ponto Final é coordenada pelo procurador Eduardo El Hage, que, autorizado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelos casos da Operação Lava-Jato do Estado, quebrou o sigilo das investigações do Ministério Público Federal (MPF), segundo as quais a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor) premiava Sérgio Cabral sempre que o Governo autorizava aumentos de tarifa, mesmo depois de ele ter saído do cargo de governador em 2014. A farta distribuição de propinas proporcionaram R$ 122 milhões para Cabral durante todo esse tempo, e segundo cálculos com uma média de mais de R$ 50 mil diários. Em meio a tantas falcatruas, conclui-se que cabe aos usuários financiar a roubalheira, além de ainda ser obrigado a utilizar ônibus muitas vezes caindo aos pedaços. A prisão de Jacob Barata Filho, denominado de “Rei do ônibus” e mais integrantes do Departamento de Transporte Rodoviário (Detro), órgão da Secretaria de Transportes destinado a fiscalizar tudo que diga respeito aos ônibus e vans, serve de alento aos sofridos passageiros dos mesmos. por Airton Leitão
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