por Airton Leitão
Antes das eleições de 2014, a então presidente Dilma Rousseff declarou que “faria o diabo” para se reeleger. Na época do impeachment, diziam que Michel Temer professava o satanismo. O comportamento do ainda presidente da República está dando a entender que ele é mesmo um satanista, pois ele está “fazendo o diabo” para manter-se no cargo, mesmo diante de tantos crimes de que é acusado e pelos quais está indiciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Assim é que poucos dias antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a validade da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e da escolha de Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. Michel Temer teve encontro não registrado em sua agenda com o ministro Gilmar Mendes, do STF, na residência do magistrado, juntamente com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil);
A justificativa foi que discutiriam sobre a Reforma Política e que não trataram da substituição do Rodrigo Janot na PGR. Não sabíamos que Gilmar Mendes, além de ter que julgar Michel Temer era também seu assessor jurídico. Se o assunto a ser discutido era do interesse do país, deveriam ter agendado a reunião e chamado para o encontro a presidente do STF, ministra Cármem Lúcia. Cada vez mais parece que Gilmar Mendes tem objetivos políticos, chegando ao ponto de desrespeitar sua colega de tribunal aceitando participar daquele encontro secreto. O ministro falastrão do Supremo age de modo negativo em relação à imagem do STF. Não nada que justifique que receba em sua residência um presidente da República e ministros corruptos às vésperas de seus julgamentos. Tudo isso já seria motivo para o afastamento de Gilmar Mendes de seu cargo, ou até mesmo a retirada de sua toga.
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