Um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) apontou que uma pessoa que já teve dengue não necessariamente apresenta um quadro mais severo quando contrai o vírus Zika. A pesquisa, realizada com 65 pessoas moradoras de São José do Rio Preto, foi publicada na revista Clinical Infectious Diseases. Em estudos anteriores, realizados com células de roedores, indicavam que uma infecção anterior por dengue potencializava os efeitos do vírus Zika. Esse estudo sugere que o que ocorre nos roedores pode não acontecer com seres humanos. “Nossos resultados indicam que esse agravamento não ocorre ou, se ocorrer, é muito raro e não pôde ser detectado em um estudo como esse”, disse o virologista e coordenador da pesquisa Maurício Lacerda Nogueira, segundo informações da Agência Fapesp. As 65 pessoas tiveram amostras de seus sangues colhidos. Entre elas, estavam pessoas com febre e sintomas de dengue ou zika. Todas foram atendidas em um pronto-socorro de São José do Rio Preto. Do total, 45 pacientes tinham infecção por zika e 20 por dengue e 78% daqueles com zika e 70% das pessoas com dengue já haviam sido infectadas com o vírus da dengue anteriormente. BN
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