O peemedebista chegou à penitenciária nesta terça (4)
Recém-chegado ao presídio da Papuda, no Distrito Federal, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) divide cela com nove detentos.
O peemedebista chegou à penitenciária nesta terça (4). Ele foi preso pela Polícia Federal na tarde de segunda (3) na Bahia e transferido na madrugada. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal disse à Folha de S.Paulo que a capacidade da cela é para 12 pessoas, com quatro treliches.
Segundo a SSP, há apenas chuveiro frio no local e um espaço para necessidades fisiológicas. O ex-ministro teve o cabelo cortado assim que chegou à Papuda, mas não ficou careca.
Geddel está no mesmo presídio de Lucio Bolonha Funaro, pessoa que foi determinante para a decisão da Justiça de pedir a prisão do peemedebista.
Preso desde julho do ano passado, Funaro é apontado pelas investigações como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Funaro disse à PF que Geddel fez diversas ligações para sua mulher, Raquel, sondando seu ânimo em delatar. No entendimento de investigadores, o ex-ministro agiu para atrapalhar a apuração, elemento decisivo para o pedido de prisão. De acordo com a SSP, eles estão em alas separadas na Papuda. Geddel está na ala A e Funaro na ala B, no bloco 5.
Segundo a assessoria de imprensa da SSP, eles não têm permissão de se encontrarem. Os dois têm direito a duas horas por dia de banho de sol, mas em momentos diferentes. Todos os detentos da cela de Geddel têm ensino superior, segundo a SSP. A SSP não soube informar quantas pessoas dividem a cela com Funaro.
Geddel deixou o governo Temer, de quem é amigo de longa data, sob acusação de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Cultura) para viabilizar um empreendimento na Bahia.
Os apartamentos no prédio pivô da queda do baiano são avaliados em R$ 2,6 milhões, com vista para a Baía de Todos-os-Santos, em Salvador.
A defesa do peemedebista chamou a prisão do cliente de "absolutamente desnecessária" e disse que o político "deposita sua integridade física nas mãos da autoridade policial".
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