Não há mãe que ache seu filho feio, como também não há filho que não considere seu pai como um herói. Isso ficou comprovado no artigo “A outra face”, publicado na edição de 04/07 de “O Globo”, de autoria do deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador Sérgio Cabral, atualmente residindo numa cela destinada a delinquentes pela prática de vários ilícitos e que responde a nada menos de 12 processos, número que pode ainda aumentar, tantos são os casos que surgem quase que diariamente. O parlamentar fez uma ampla defesa do seu pai, na qual relata atos e obras do então governador durante dois mandatos, discordando das críticas que são feitas ao seu genitor. Marco Antônio não entende que as críticas não são para as coisa de seu pai fez, que, aliás, eram de sua obrigação. Do que todo mundo fala é dos desvios de verbas que proporcionaram seu enriquecimento pessoal. O filho poderia enaltecer seu pai se ele tivesse governado o Estado do Rio em dois mandatos e tivesse permanecido modesto;
Sérgio Cabral começou sua carreira política como defensor dos idosos. Hoje, são exatamente os idosos (aposentados e pensionistas) as principais vítimas dos desvios de verbas que levaram os “velhinhos” a sofrer com atrasos de pagamento de salários, com milhares deles sem receber parte de abril e mais os meses de maio e junho, além do 13º salário de 2016. Pelo que escreveu Marco Antônio, seria interessante um “abaixo assinado” pela Internet solicitando ao Vaticano a canonização de mais um santo brasileiro, Santo Sérgio Cabral. Entre as justificativas para o bom nome do ex-governador, o deputado fala em ele ter trazido a Olimpíada para o Rio de Janeiro, logo ela que tem gente de todos os níveis, de ex-presidentes da República a empreiteiros, envolvidas em casos de propinas e superfaturamento em obras que tão mal feitas não estão sendo consideradas como legados. Por fim, deputado, para nós seu pai não passa de um chefe da quadrilha que assaltou os cofres públicos do Estado, enganando a muitos. Ele é verdadeiramente um criminoso corrupto. por Airton Leitão
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