Depois de limitar o crédito rotativo em 30 dias, o Banco Central estuda mudanças no cheque especial, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Dentre as possibilidades, de acordo com fontes, está a alteração da metodologia de cálculo dos juros cobrados na modalidade e uma eventual limitação de tempo de uso.
Os debates em torno de mudanças no cheque especial ainda estão em fase preliminar. A sugestão para alterar a modalidade, de acordo com duas fontes, partiu da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que levou o tema ao BC. O regulador, porém, ainda não se posicionou sobre o assunto.
A Febraban propôs um limite de uso de até 70% do cheque especial por no máximo 40 dias, segundo apurou o Broadcast. A sugestão foi feita há mais de um mês e está sendo avaliada pelo Banco Central.
O regulador, no entanto, não considerou a mudança abrangente, conforme fontes. Por isso, está debruçado em uma solução mais efetiva e que impacte um maior número de pessoas.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que o debate para a redução do spread bancário --diferença de quanto os bancos pagam para captar e o quanto cobram para emprestar-- é permanente e que a discussão sobre o custo dos produtos, como o do cheque especial, está em andamento.
"A discussão do custo dos produtos em si está sendo feita", destacou Trabuco, durante o Prêmio Estadão Finanças Mais, organizado pelo Broadcast e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", na manhã desta sexta-feira (30).
Na prática, os estudos para alterar o cheque especial vão na mesma direção do que já foi feito com o crédito rotativo, que foi limitado em até 30 dias de uso e parcelamento automático da fatura depois desse prazo.
Assim, o produto passa a ser o próximo alvo do órgão regulador no âmbito da Agenda BC+, lançada em dezembro último e com foco em tornar o crédito mais barato no país e o sistema financeiro mais eficiente.
O objetivo das mudanças, dizem fontes, é coibir o uso da modalidade de maneira que desvirtue a real finalidade do produto, que consiste em um crédito de emergência e não de médio e longo prazo.
"É uma possibilidade. Está sendo analisada uma série de conjunturas. A modelagem é mais ou menos essa: evitar que as pessoas fiquem tomadas no cheque especial por um tempo que desvirtue a finalidade produto e, em troca, oferecer um parcelamento, como tem hoje no rotativo", explica o executivo de um banco. Leia mais em https://economia.uol.com.br
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