Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Crescem na Câmara dos Deputados as articulações para o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir a presidência do país. O democrata, no entanto, nega publicamente qualquer ação para fragilizar o governo. "Não estou tratando disso. O momento é grave e meu papel é garantir a continuação do rito da denúncia e a estabilidade do Brasil", declarou à Folha de S.Paulo. No entanto, Maia reduziu suas idas aos palácios do Planalto e do Jaburu, e evitou presidir a Mesa da Câmara durante discussões polêmicas. Segundo a publicação, deputados e ministros de partidos da base governistas, como PSD, PP, PSB, Podemos e DEM, passaram a oferecer apoio ao prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer, feita pela Procuradoria-Geral da República. Nesta quinta-feira (6), até mesmo o PSDB cogitou uma possibilidade. O presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), disse que Maia "tem condições" de assumir a transição do país. Os partidos de oposição também se aproximam de Maia em uma possível transição de governo. PCdoB, PT e PDT já se reuniram com o democrata, mas ainda não há relatos de que Maia tenha pedido apoio contra Temer na votação da denúncia. Ainda de aocrdo com a Folha, os movimentos pró-Maia têm feito o Planalto passar a ver o presidente da Câmara com desconfiança, inclusive, aliados de Temer enumeraram os episódios em que ele agiu contra o governo: quando defendeu em conversas a saída do PSDB, recusou-se a juntar as denúncias contra Temer em uma única votação na Câmara e influenciou a escolha de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) na relatoria do processo na CCJ. BN
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