Foto: Beto Barata / PR
A espera de uma denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), Michel Temer tem articulado para que o tema seja votado ainda antes do recesso parlamentar da Câmara, que tem início previsto para o dia 18 de julho. Se a denúncia chegar apenas no final de junho, auxiliares e assessores do presidente defendem ainda que o recesso seja encurtado para não prolongar o trâmite. Segundo informações da Folha de S. Paulo, no último fim de semana, Temer começou a montar um mapa da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também uma estratégia para reduzir ao máximo número de sessões. Assim, ele segue um conselho dado por aliados: acelerar o processo a fim de evitar que o eventual surgimento de novos fatos prejudique o quadro do governo no Congresso. De acordo com a publicação, o Planalto espera também conseguir encurtar a crise política para que ela não afete ainda mais o cronograma de votação da reforma da Previdência, atualmente prevista para agosto. Se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concretizar a denúncia contra o peemedebista, o Supremo Tribunal Federal precisará do aval da Câmara para abrir o processo. No Congresso, a matéria tem que passar pela CCJ, que possui um prazo máximo de 15 sessões para análise, sendo 10 para a defesa do presidente e cinco para a apresentação de parecer final sobre o caso. Segundo a Folha, a ideia do Planalto é utilizar apenas três sessões para a formulação da defesa, além de pressionar o relator para agilizar a apresentação do parecer em menos tempo. Presidente da CCJ e correligionário de Temer, o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) não demonstrou resistência ao plano. É ele o responsável por indicar o relator ou relatora do processo. BN
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