Obra de autor capixaba é usada no programa de alfabetização por crianças de 6 a 8 anos
Um livro infantil usado na educação básica pública no Espírito Santo tem causado polêmica no estado ao sugerir, em um dos seus contos, um casamento entre pai e filha. As prefeituras das cidades onde ele é lido em sala já avisaram, na última semana, que vão recolher os exemplares. http://www.metropoles.com
“Enquanto o sono não vem”, do autor capixaba José Mario Brant é um livro de contos que faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), do Ministério da Educação. As obras do PNAIC passam por revisão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No conto “A triste história de Eredegalda”, um dos personagens sugere se casar com uma das filhas, que acaba morrendo no fim da história.
Ao site G1, o escritor, disse que conta a história publicada há mais de 25 anos e ficou surpreso pela reclamação dos professores.
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“Há uma desinformação do que é o conto folclórico e o de fada, que são territórios que abordam assuntos delicados”, disse. “A gente está falando de um universo simbólico. É uma história que dá voz a uma vítima”.
A UFMG também saiu em defesa do livro e justificou que a polêmica é fruto de um “julgamento indevido construído por leitura equivocada”.
No projeto, o livro é destinado a alunos do primeiro ao terceiro ano, com entre 6 e 8 anos de idade. Brant, no entanto, diz que pensou a obra para “leitores jovens”, mas que ela poderia ser aplicada a crianças, desde que com bom trabalho pedagógico.
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