O barbeiro é vetor da doença | Foto: Agência Fiocruz
O risco de transmissão da Doença de Chagas, causada por um parasita encontrado no barbeiro, é alto em 23% dos municípios baianos. Segundo informações do jornal A Tarde, o risco de transmissão é classificado como médio em 52% das cidades do estado. Os números constam no boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) de dezembro de 2016. O quadro foi discutido nesta sexta-feira (2), na biblioteca da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), durante a oficina Desafios Atuais da Doença de Chagas na Bahia, promovido pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). Participaram do evento profissionais da saúde, gestores públicos municipais e estaduais. “Muitas pessoas são infectadas pela doença de Chagas e não apresentam sintomas. Outras, falecem por insuficiência cardíaca e sequer desconfiam que os sintomas que levaram à morte foram causados pela doença”, afirmou o o médico infectologista e responsável pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Roberto Santos, Claudilson Bastos. Em todo o mundo, a Doença de Chagas afeta cerca de oito milhões de pessoas. Segundo a representante da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab (Divep), Rose Carvalho, a subnotificação da enfermidade esconde informações como a mudança de perfil, que deixou de ser majoritariamente rural. “Antes, a doença só era registrada no interior. No entanto, onde há desmatamento de forma desordenada, há risco de infestação, pois estão retirando a fonte de alimentação do barbeiro. Dessa forma, eles acabam por entrar nas casas para se alimentar do sangue humano que, naturalmente, não é o seu alimento preferencial, mas o único disponível”, explicou. BN
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