por Fernando Duarte
Na última sexta-feira (16), o Ministério Público Federal confirmou a denúncia contra os deputados Carlos Ubaldino e Ângela Souza, ambos do PSD, por organização criminosa, no âmbito da Operação Águia de Haia. A medida, todavia, não teve qualquer impacto sobre o dia-a-dia dos parlamentares, na avaliação de alguns deputados, conforme apurou o repórter Bruno Luiz. Na sessão desta terça (20) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ubaldino chegou a discursar sobre um tema totalmente aleatório à denúncia da qual foi alvo, enquanto Ângela Souza se esquivou de falar com a imprensa sobre o tema. A sorte de políticos é que ser alvo de denúncia do Ministério Público ou até mesmo réu em processos se tornou tão regular que não há mais motivo para estranhamento. É tão cotidiano quanto nas novelas, que mostram um cenário completamente diferente para qualquer acusação que seja. Um exemplo pode ser visto na novela “A Força do Querer”, das 21h, na Rede Globo. A personagem de Juliana Paes, Bibi, começou a ser “apontada” na rua após ter o marido preso sob a acusação de tráfico de drogas. Bibi desacreditou a denúncia e chegou a manter contato com traficantes para defender a vida e a inocência de Rubinho (Emílio Dantas). Até que ouviu, em definitivo, uma confissão do marido. A personagem então mudou de postura, passando a integrar a contravenção da qual Rubinho era acusado – esse é o enredo esperado, inspirada em um drama da vida real. Não há como comparar o crime de organização criminosa da vida real com tráfico de drogas, logicamente. Porém traçar o paralelo sobre como existem reações diferentes na ficção e na realidade quando há acusações não é de todo ruim. Se os deputados fossem como os vizinhos de Bibi e os acusados confessassem seus crimes, pelo menos a política envergonharia menos os brasileiros. O comentário completo pode ser ouvido às 7h na RBN Digital ou às 12h30, durante a reprise. BN
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