Ana Carla Bermúdez e Bernardo Barbosa*Do UOL, em São Paulo
Ueslei Marcelino - 18.mai.2017/Reuters
O presidente Michel Temer durante pronunciamento em maio
A perícia feita pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística), órgão ligado à Polícia Federal, no áudio da conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, da JBS, concluiu que não houve interrupções ou edições na gravação. A informação foi confirmada ao UOL por uma fonte da corporação. A PF (Polícia Federal) informou que não divulgará o resultado nem se manifestará sobre o conteúdo do laudo.
A confirmação de que não houve interferências no áudio vai contra parte da argumentação da defesa de Temer, que tem como base a discussão sobre a integralidade do arquivo. Para os advogados do presidente, a gravação apresentaria trechos inaudíveis e também diversas interrupções, que poderiam ser por falhas do gravador ou mesmo por edição.
Segundo um policial federal ouvido pelo UOL sob condição de anonimato, o relatório da PF sobre o áudio deve dirimir as questões sobre a "lisura do processo".
De acordo com esta fonte, os supostos cortes no áudio podem ter sido provocados pelo uso incorreto de um sistema chamado VAS (Voice Activated System, ou "sistema de ativação por voz", em tradução livre), que ativa a gravação apenas no momento em que alguém está falando. Mesmo nos gravadores que dispõem desse sistema, o seu uso é facultativo.
"Você pode deixar gravando direto. Às vezes, a pessoa usa o VAS com medo de acabar a bateria, de a conversa ser longa", explicou a fonte. LEIA TUDO AQUI
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