Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
No dia 18 de maio, quando fez pronunciamento oficial para anunciar que não renunciaria, o presidente Michel Temer chegou a ler outra versão do discurso. Segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, chegou a ser entregue ao presidente uma preliminar do pronunciamento, que sugeria que ele entregasse o cargo e convocasse eleições gerais ainda para 2017. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a primeira versão foi levada a Temer pelo secretário especial de comunicação da Presidência da República, Márcio de Freitas, e pelo marqueteiro Elsinho Mouco. Integrantes do governo afirmam que a intenção não era a renúncia, mas de dar uma ideia de abreviação do mandato, ou, como inicialmente falava o peemedebista, do período de “transição” que representaria seu governo. Freitas, no entanto, ao ser procurado por Folha, afirmou que não conhece proposta de eleições gerais e que "não se discutiu renúncia em nenhum momento ou nenhum texto". Após a divulgação da conversa gravada entre ele e o empresário Joesley Batista, Temer tentava desenhar uma estratégia desde o dia anterior. Após conversas com seu núcleo político, sobretudo com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), Temer descartou a possibilidade de convocar eleições gerais e disse que adotaria um tom de enfrentamento, porque não havia cometido nenhum crime. Diante da decisão, Freitas e Elsinho refizeram então o texto, no qual ele declarou: “Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meu atos”. Moreira Franco também afirmou a Folha que "nunca existiu" outra versão do discurso lido por Temer. BN
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