Se o escândalo do mensalão já tinha mostrado à sociedade a falta de respeito de alguns agentes públicos com o dinheiro do povo, trocando votos no parlamento por uma mesada de milhares de reais, o esquema de desvio de recursos da Petrobras, conhecido como petrolão, choca, especialmente, pelas cifras. Empresários e políticos trataram milhões como se fossem trocados. Em pouco mais de três anos de Operação Lava-Jato, estima-se que os desvios superam os R$ 35 bilhões, dos quais, mais de R$ 8 bilhões já foram recuperados por meio de acordos com delatores e empresas. As quantias são tão altas que, em certos casos, políticos teriam de trabalhar um milênio para alcançar os valores recebidos ilegalmente.
Disposto a fechar acordo de delação premiada, o ex-ministro dos governos petistas Antonio Palocci (PT-SP) — considerado um dos principais homens do PT no esquema por delatores da Odebrecht — é um que precisaria somar muitos anos de labuta para alcançar o montante de propina. O petista, inspiração da planilha “Programa Especial Italiano” na empreiteira, segundo delatores, é réu em dois processos e suspeito de ter recebido R$ 128 milhões ilegais — parte seria destinada à legenda. Como ministro, Palocci precisaria trabalhar 318 anos para ter a oportunidade de acumular tanto dinheiro. Leia tudo em http://www.correiobraziliense.com.br
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