Operação busca desarticular organização criminosa responsável por desviar R$ 17 milhões do antigo FUNDEF. Justiça Federal expediu 4 mandados de prisão preventiva.
Por G1 AL
Celso Luiz, prefeito afastado de Canapi, é preso pela Polícia Federal (Foto: Reprodução/Fantástico)
O ex-prefeito de Canapi, Celso Luiz Tenório Brandão, o Celso Luiz (PMDB), foi preso durante uma operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (12) em Maceió, Canapi e Mata Grande. A informação foi confirmada pela 11ª Vara da Justiça Federal, que expediu o mandado de prisão.
A PF informou que deflagrou nesta manhã a Operação Deusa da Espada, que é a segunda fase da Operação Triângulo das Bermudas, para cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva. Até as 10h50, três haviam sido cumpridos.
A reportagem do G1 tentou contato com a defesa de Celso Luiz, mas não conseguiu.
A operação, de acordo com a PF, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por um prejuízo de R$ 17 milhões ao antigo FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) e de outros programas do governo federal na área de educação, entre 2015 e 2016.
As investigações pontam que, além dos crimes apurados na primeira fase da operação, o desvio de dinheiro público continuou acontecendo na gestão do vice-prefeito, Genaldo Soares Vieira (PT do B), que assumiu o Executivo após o afastamento do prefeito.
A PF informou que são alvos dos mandados de prisão o ex-prefeito, o ex-vice-prefeito que assumiu o cargo quando ele foi afastado e dois ex-secretários municipais, que também foram presos por participação nos desvios.
Outras investigações
Celso Luiz também vinha sendo investigado desde 2016 por denúncias de participação em um esquema criminoso de falsos contratos com a prefeitura para abastecer a população com água por meio de carros-pipa. O problema é que os contratados nunca foram donos de caminhões.
Em abril, uma reportagem do Fantástico mostrou o drama de pessoas pobres, moradores da cidade, que foram usadas como laranjas nas contratações fraudulentas. A suspeita é de que os desvios tenham causado prejuízo de R$ 27 milhões à prefeitura de Canapi.
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