Com o objetivo de propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, a serem discutidas na 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, no segundo semestre deste ano em Brasília, a Secretaria de Saúde de Itabuna e o Conselho Municipal de Saúde promoveram na manhã desta segunda-feira, (8), a I Plenária Saúde da Mulher, no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).
No encontro, que reuniu mulheres representando segmentos como Policia Militar, terreiros de candomblé, profissionais de saúde e de educação, movimento negro, além das secretárias municipais de Saúde de Itabuna, Lísias São Mateus e de Assistência Social, Sandra Neilma Costa, foram apresentadas e discutidas propostas a nível municipal que serão apresentadas na Conferência Nacional.
“Somos importantes e precisamos da união de homens e mulheres para discutir questões como saúde, violência, entre outros, e para nos fortalecer em busca de soluções para nossos problemas. O momento é este e vamos torcer para que pelo menos uma das propostas apresentadas aqui, seja aprovada na conferência em Brasília”, destacou a secretária de Saúde de Itabuna, Lísias São Mateus, ao fazer seu pronunciamento.Ela disse não representar apenas a saúde pública de Itabuna, mas todas as pessoas que não tem voz não apenas na saúde, mas na sociedade como um todo. “Na condição de mulher temos necessidade de afirmação na própria sociedade em que vivemos, mas não existe ação sem estratégia, por isso precisamos sair daqui fortalecidos e com propostas”, pontou Lísias.
Já o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Josivaldo Gonçalves, disse que é preciso chamar a atenção de todos para o descumprimento de medidas protetivas em que mulheres são vítimas e até morrem por falta da aplicação de políticas voltadas para a questão da violência. “É preciso discutir e buscar mecanismos junto ao poder público, para ajudar nessa importante questão”, disse.A coordenadora do Núcleo Regional de Saúde, Marise Duane, também destacou a plenária como “um momento importante pela oportunidade de discutir temas relevantes como o da conferência deste ano, que tem como tema central “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”, argumentou
Para ela, o SUS é vivo, mas sem a força da participação popular, o sistema não funciona. “Vivemos num momento difícil por conta da crise política e econômica do país, e o momento é de fortalecimento. Juntas, podemos ter direitos e conquistas”, concluiu a coordenadora.
“Itabuna, como no resto do país, enfrenta grandes desafios, e nós, homens e mulheres, precisamos de saúde plena, por isso é preciso à união nessa luta que deve ser de todos”, defendeu a coordenadora do Grupo Se Toque, de Itabuna, Suely Dias. Após o pronunciamento dos representantes dos órgãos públicos, os grupos de trabalho se reuniram para debater eixos temáticos como “O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres”; “Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres e “Políticas públicas para as mulheres e a participação social”. A expectativa dos organizadores em Itabuna, é que a Conferênciau em Brasília seja a efetivação do Controle Social no SUS para a saúde das mulheres.
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