A ex-presidente disse ainda que não adianta a “intimidação”, pois não vai se curvar às ameaças
A ex-presidente Dilma Rousseff criticou neste sábado (13), em seu blog, a cobertura jornalística feita pelas organizações Globo e disse que o grupo pratica um "jornalismo de guerra" contra ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a petista, “o jornalismo de guerra promovido contra mim e o presidente Lula é a prova de que a escalada autoritária contaminou radicalmente os formadores de opinião pública, como Merval Pereira, que hoje sugere, no Globo, a minha prisão”, escreveu.
Para Dilma, a cobertura das Organizações Globo, “defendendo o justiçamento de adversários políticos, quer substituir o Judiciário – e todas as demais instâncias operadoras do Direito – pelo escândalo midiático. Julgam e condenam”.
“Buscam se constituir numa espécie de poder judiciário paralelo sem as garantias da Justiça, base do Estado Democrático de Direito. Fazem, assim, verdadeiros linchamentos, tentando destruir a biografia e a imagem de cidadãos e cidadãs. Nesse processo, julgam sem toga e promulgam sentenças sem direito de defesa”, criticou.
Dilma disse ainda que a Globo fere a liberdade de imprensa, pois, segundo ela, não respeita a diversidade de opinião e a Justiça. “Selecionam alvos e minimizam malfeitos. Seu único objetivo é o maior controle oligopólico dos meios de comunicação, para impor um pensamento único: o seu”, ressaltou.
“Em outros tempos, em outros países, tais práticas resultaram na perseguição política e na destruição da democracia levando à escalada da violência e do fascismo”, completou.
A ex-presidente disse ainda que não adianta a “intimidação”, pois não vai se curvar às ameaças. “Muito menos do jornalismo de guerra praticado pela Globo. Nem a tortura me amedrontou”, pontuou.
“Repito o que tenho dito, dentro e fora do país: o Golpe de 2016 não acabou. Está em andamento. Não foi contra o meu governo, apenas. Foi contra o povo brasileiro e o Brasil. Está sendo executado todos os dias pela Globo, pelo governo golpista e todos que tentam desesperadamente consolidar o Estado de Exceção e a destruição de direitos. Não vão me calar!”, finalizou. Metro1
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