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domingo, 7 de maio de 2017

Bitcoin: a tecnologia promissora que caiu na mão do criminoso comum

Sequestro comandado pelo PCC, compra de armas e drogas nos EUA e roubo de propriedade intelectual. Por que as moedas digitais tornaram-se aliadas de bandidos
BRUNO FERRARI
Uma mulher de 32 anos de Florianópolis foi sequestrada na semana passada logo após deixar o filho pequeno na escola. Os bandidos a levaram para São Paulo, entraram em contato com o marido e pediram um resgate faraônico: R$ 115 milhões. A diferença em relação a outros sequestros é que, desta vez, a exigência dos bandidos ia além do valor do resgate. Eles queriam que o dinheiro fosse pago em criptomoeda – nome dado a moedas virtuais, como o bitcoin. (Saiba mais no link no fim deste parágrafo). A quadrilha tinha 20 integrantes ligados a uma facção criminosa de São Paulo. O desfecho foi positivo. Durante o final de semana, o cativeiro foi encontrado pela polícia e a mulher – esposa do dono de uma casa de câmbio de moedas digitais – foi libertada. Um sentinela foi preso.

“Isso é inédito no mundo”, disse o delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, da divisão antissequestro de Santa Catarina. “No mundo inteiro” é difícil de cravar. É provável que alguém na Rússia, um país tão ou mais criativo do que o nosso nesse quesito, já tenha pensado na ideia. No Brasil, no entanto, é o primeiro caso notificado envolvendo um crime de sequestro de pessoas. “Em vez de ter alguém carregando dinheiro por aí para escondê-lo, eles fazem isso num clique. É instantâneo”, afirmou. Imagem ilustrativa do Bitcoin (Foto: Getty Images)

É essa agilidade que fez com que essas moedas virtuais – ainda novidade nos crimes comuns –sejam velhas conhecidas de autoridades policiais que investigam crimes digitais. Na última terça-feira (2), um grupo hacker vazou os episódios da série Orange is the new black, do Netflix, antes de a série estrear oficialmente. Eles invadiram os computadores de uma empresa parceira do serviço e roubaram os arquivos originais. Exigiram 70 mil dólares para devolver, mas não receberam o pagamento. Em março, publicamos nas páginas da revista ÉPOCA uma extensa reportagem falando sobre este fenômeno, conhecido em inglês como ransomware, e explicamos por que ele era considerado um crime quase perfeito. LEIA TUDO AQUI

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