A falta de uma reforma sindical é a maior lacuna no texto da reforma trabalhista aprovada na Câmara.
O foco maior da reforma trabalhista, aprovada pela Câmara dos Deputados, foi atualizar regras na relação capital x trabalho e regulamentar o que já
era praticado sem regra alguma (o trabalho em casa, por exemplo). Como seria impossível fazer isso mudando a retalhada e septuagenária Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a saída encontrada foi submeter a legislação aos acordos negociados entre patrões e empregados, representados por seus respectivos sindicatos. O texto aprovado que segue, agora, para o Senado tem méritos e lacunas.
O mérito maior foi acabar com a contribuição sindical, que virou um cobiçado negócio lucrativo para dirigentes de sindicatos e obstáculo à verdadeira defesa dos direitos dos trabalhadores, sobretudo os mais humildes, que desconhecem seus direitos e nem sequer sabem que descontam um dia de salário para financiar quem não os defende. O fim da contribuição vai obrigar esses dirigentes a caçar filiados, incentivar sua participação, reuni-los em assembleias massivas, provar que realmente os representam e buscar acordos de trabalho satisfatórios para eles. Por isso, longe de enfraquecer, como apregoam sindicalistas, os sindicatos serão fortalecidos, não do ponto de vista dos dirigentes, mas de seus trabalhadores.
A lacuna maior é a falta de uma reforma sindical, que a trabalhista tornou inevitável. CLIQUE AQUI para ler mais.
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