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quarta-feira, 15 de março de 2017

Infraero passará por reestruturação com criação de subsidiária e demissão de servidores

Foto: Reprodução / LogWeb
A Infraero passará por reestruturação, após o leilão de alguns aeroportos para a iniciativa privada. Ao G1, o presidente da Infraero, Antônio Claret, explicou que a perda de quatro aeroportos no leilão desta quinta-feira (16) agravará a crise de receita da empresa em 20%, o que fará com que seja necessária intervenção do governo federal. O projeto de reestruturação é para tentar reverter o quadro e deve ser encaminhado para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) nos próximos dias. Uma das medidas é a criação da subsidiária Infraero Aeroportos, que, com capital aberto, cuidará dos 20 maiores equipamentos administrados pela empresa, entre eles Congonhas, Santos Dumont, Curitiba, Pernambuco, Manaus, Goiânia e Vitória. Outras três subsidiárias serão criadas também: uma para concentrar operação de navegação aérea e que será transferida para a Aeronáutica; uma de prestação de serviços aeroportuários; e outra para cuidar da participação da estatal nas concessões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão e Confins. "Nós sabemos que, com as concessões, se [a Infraero] já era uma empresa que vinha com problemas de receita e sustentabilidade, agora é claro que a gente tenha esse programa de reestruturação da Infraero definido e aprovado pelo governo", declarou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. O plano de reestruturação formatado inclui também a redução do número de funcionários, dos atuais 10,9 mil para 7,5 mil. "Eu já pensei em chegar a 6 mil empregados, mas eu não gostaria de dizer que esse é meu limite, não. Depende da minha capacidade d sistematizar e investir", observou Claret. A intenção do presidente da Infraero é comprar máquinas para realizar algumas funções hoje exercidas por trabalhadores e contar com a transferência de empregados da Infraero para outros órgãos do governo federal. Outras ações deverão ser colocadas em prática, como a análise de 75 projetos de concessão, a grupos privados, de serviços ou áreas em aeroportos hoje operados pela Infraero ou desativados; funcionamento da Infraero Serviços, subsidiária que vai oferecer serviços na área aeroportuária no Brasil e no exterior; a Infraero também vai deixar de atuar em navegação aérea, que passará totalmente para a Aeronátuca. O prejuízo da estatal deverá ser reduzido em R$ 180 milões. Outra opção é colocar à venda a participação da Infraero em cinco aeroportos já sob concessão. De acordo com Claret, a previsão é que a empresa eleve suas receitas em R$ 1 bilhão em cinco anos, se tornando financeiramente independente do governo até 2019.

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