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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Comprador de avião que caiu entregava propina da Camargo Corrêa a Eduardo Campos

Foto: PSB
O empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho é apontado por ex-funcionários da Camargo Corrêa como entregador da propina da empresa ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e ao senador Fernando Coelho Bezerra (PSB-PE). Lyra se apresentou formalmente como único comprador do avião Cessna Citation PR-AFA, que caiu em Santos em 2014 e matou Eduardo Campos, então candidato à presidência pelo PSB. De acordo com o Correio Braziliense, os valores entregues por João Carlos Lyra teriam origem nas obras da Refinaria Abreu e Lima, realizada pela Petrobras em Pernambuco. Para viabilizar o pagamento, a empreiteira realizou um contrato fictício com a Construtora Master, cujo objeto seria a terraplanagem na obra de refinaria - serviço nunca prestado. O delito é investigado pela Operação Turbulência. Os valores arrecadados eram repassados para o empresário por meio de dinheiro e vivo e depósitos em contas de grupos de empresas de fachada, em nome de laranjas ligados ao líder do grupo criminoso. A Operação Turbulência investigar organização criminosa responsável pela criação e manutenção de uma série de empresas de fachada utilizadas para fazer circular "recursos de origem espúria", de modo a ocultar os remetentes e destinatários desses valores. Os investigadores mapearam uma teia de empresas de fachada utilizadas para lavar e escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Estão na mira da Polícia Federal repasses da Camargo Corrêa e da OAS, que teria origem em desvios praticados nas obras da Petrobras no estado e na transposição do Rio São Francisco. A defesa de João Lyra nega que ele tenha praticado qualquer irregularidade. O PSB, em nome do falecido Eduardo Campos, disse que confia na conduta "sempre íntegra" do ex-governador e apoia o trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público. O senador Fernando Bezerra Coelho disse, por meio de sua assessoria, que não é investigado na operação e que nunca coordenou nenhuma campanha de Campos. bn

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