A Volskwagen informou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que sua fábrica em São Bernardo do Campo tem excedente de 3,6 mil trabalhadores e que para evitar demissões em massa precisa promover medidas para demissões voluntárias, redução de salários de novos funcionários e corte de benefícios. Os trabalhadores da fábrica têm acordos de estabilidade com a montadora até 2019, mas desde que o cenário de produção acima de 250 mil veículos por ano seja atingido, algo que “não vai ser alcançado este ano”, afirmou o sindicato. Segundo a entidade, um processo de negociação com a empresa vai ser iniciado para que não ocorram demissões na unidade. A empresa entregou uma pauta de medidas que considera necessárias para ajustar sua capacidade ao mercado no final da semana passada. As vendas de carros da Volkswagen acumularam queda de 35% no primeiro semestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado. Já os licenciamentos de comerciais leves da marca tiveram queda de 36% na mesma comparação. “As projeções da Anfavea apontam para uma indústria de 2 milhões de veículos em 2016, uma queda de praticamente 20% comparado a 2015, e 40% comparado a 2014, quando foi estabelecido o acordo trabalhista em vigência com os empregados da Volkswagen do Brasil, para a fábrica Anchieta”, afirmou a empresa em comunicado. “Por essa razão, a empresa retomou as discussões com o sindicato para que nas próximas semanas sejam construídas alternativas para o novo cenário que se impõe, além de outras medidas de eficiência e organização para a fábrica Anchieta”, acrescentou a empresa, sem confirmar o número excedente de pessoas na unidade. (Reuters)
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