O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) orientou o então vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Fábio Cleto, a segurar um voto por três semanas para cobrar propina de empreiteiras do Porto Maravilha e recomendou voto contrário à liberação de recursos do FGTS para a Sete Brasil. As acusações foram feitas por Cleto em delação premiada assinada com a Procuradoria Geral da República (PGR). A suposta propina teria sido de R$ 52,5 milhões, remetidos a contas bancárias no exterior.
O procurador-geral, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Cunha e outros suspeitos de operar esquema de propina a partir da liberação de recursos do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) a empresas que tocam empreendimentos de infraestrutura. O FI-FGTS é administrado pela Caixa.
Alterações na liberação de recursos do FGTS ao projeto do Porto Maravilha, no Rio, dependiam de um voto de Cleto na vice-presidência da Caixa que comandou entre 2011 e 2015, a de Fundos de Governo e Loterias. O delator relatou essa possibilidade de voto a Cunha, numa das reuniões semanais que os dois faziam em Brasília no apartamento funcional ou na residência oficial da Presidência da Câmara.
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