“Oferecer a mesma prescrição de medicamentos para indivíduos diferentes é como dizer que todos calçam o mesmo número de sapato”, diz o engenheiro químico William Walsh, cientista norte-americano que defende o tratamento e a cura de doenças psiquiátricas pelo equilíbrio de micronutrientes no organismo. Não que Walsh seja contra a ingestão de drogas psiquiátricas. “Mas nem todos os pacientes precisam usá-las e muitos dos que necessitam poderiam se beneficiar com doses menores”, ressalta o cientista, criador de um protocolo de tratamento de doenças mentais baseado na influência de alimentos e de suplementação sobre a epigenética, processo que regula a atividade dos genes sem alterar o código de DNA.
Na América do Sul, apenas dois médicos estão aptos a aplicar o protocolo de Walsh: o neurologista Raimundo Santos, no Rio de Janeiro, e o psiquiatra Honório Roberto Yamaguti, de São Paulo. “A ciência exige que tenhamos mente aberta e estejamos abertos a novos conhecimentos, e muitos estudos têm apontado um caminho promissor para esse tipo de tratamento”, diz Yamaguti. Ele pretende levar a abordagem para o Sistema Único de Saúde (SUS). Por enquanto, os exames são feitos apenas em laboratórios dos Estados Unidos pelo valor médio de US$ 300.
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